Atualmente acompanhamos as transições no cenário educacional. Por esta razão, repensar o currículo e as práticas em sala de aula é uma necessidade urgente.
O conteudismo, não promove uma aprendizagem participativa e significativa, pois o aluno não tem a oportunidade de ser o protagonista e o responsável pela construção do seu processo de aprendizagem. As práticas em sala de aula voltadas para as metodologias ativas, ensino híbrido e aulas invertidas, assumem o seu papel, proporcionando ao aluno autonomia no processo de aprendizagem , como também o seu protagonismo frente aos novos saberes, em parceria com o educador.
Para que estas ações se concretizem é importante organizar uma grade curricular com conteúdos, que façam sentido, por exemplo, projetos interdisciplinares; os quais considero um desafio, pois a sua praticidade, promove a reflexão do aluno ao aplicá-lo.
A interação dos alunos frente aos conteúdos com significados, sugere uma avaliação com um novo formato. Esta avaliação está presente no início, meio e fim quanto a contextualização dos eixos temáticos apresentados pelos educadores em sala de aula, e enquanto parte do processo ensino aprendizagem apresenta-se em 360º, pois percorre as interfaces do processo em sua plenitude, junto aos alunos, educadores, pais e comunidade. Pensar em avaliações compartimentadas não faz mais sentido, porque a escola se transforma a cada dia em um espaço de redescobertas, ressignificados e inovações. Prova disto, é a tecnologia no dia a dia, por isso, as aulas precisam apresentar situações que façam os alunos a encontrarem soluções diante das situações-problema.
Conteúdos que podem fazer parte de um currículo:
1-Conhecendo o nosso cérebro: fundamental para o autoconhecimento e autonomia
2- Lógica e sua aplicabilidade: compreensão da alfabetização digital
3-Sustentabilidade local: discussão dos problemas da sua cidade em termos de saúde, educação e mobilidade. 4-Conexão e áreas do conhecimento: projetos compartilhados a partir da necessidade de desenvolvermos habilidades: comunicação oral e escrita, linguagem cartográfica, elaboração de blogs e sites. A Competência Comunicativa tão valorizada no século XXI, considero que deveria ser ensinada em todas as escolas. Pensando sobre a questão proponho uma reflexão:
1 - Consigo estabelecer uma comunicação eficaz em sala de aula?
2 - Na escala de 0 a 10 como posso avaliar a minha comunicação como competência importante rumo ao século XXI. 3 - De maneira a forma de comunicar inspira o meu público?
Também não podemos deixar de pensar no funcionamento do cérebro, por isso, falar em Neuroeducação essencial. Sabemos que é a ciência que estuda a união dos conhecimentos da psicologia, educação e neurociência, onde aprender é modificar comportamentos. Eis algumas questões:
1) Como estão acontecendo as práticas em sala de aula? 2) Os conteúdos apresentados em aula contemplam alguma mudança de comportamento para os alunos?
3) O quê me proponho a ensinar provoca alguma mudança de comportamento no meu perfil de educador pesquisador?
Compreender a relação entre cérebro e aprendizagem é primordial para os educadores e alunos identificarem o seu perfil:
1 - Como ensinar? (educadores) 2- Como aprendo? (alunos)
Quando esta relação ocorre de forma significativa e prazerosa, contribuí para o reconhecimento do aluno como protagonista do seu processo aprendizagem. Quando realmente estaremos prontos para mudar no atual cenário da educação?
Se você que compreender melhor a transição no cenário da educação convido você, a formular mais perguntas ao invés de procurar saber as respostas. Após a leitura deste artigo qual é a sua pergunta?
Falar em mudanças é promover uma ação conjunta em Nós!
Ana Paula Educadora
Gestão Educacional- Psicopedagogia – Extensão em Neuropsicologia PUC/SP
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