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As Instituições de Ensino podem ser consideradas learning organizations?

Para começarmos a debater este tema, temos que entender, primeiramente, o conceito de Learning Organization (ou, em português: organização que aprende).


Learning Organization pode ser definido como uma empresa que constantemente facilita o aprendizado de seus colaboradores e, com isso, se transforma constantemente.





O termo ficou famoso com os estudos de Peter Senge e seus colaboradores. A ideia é que empresas que constantemente aprendem e se reinventam se tornam mais competitivas e têm mais chances de sucesso.


Sabemos que as escolas ensinam, mas sempre aprendem?


Questões como novas metodologias, nova BNCC para ensino médio, novos cursos de graduação, novas tecnologias educacionais, vem sendo foco de discussão no meio acadêmico. Percebe-se um olhar muito voltado para sala de aula.


Mas, não podemos esquecer que uma instituição de ensino (do infantil ao superior) é composta de seus alunos, mas também de todos os seus colaboradores, que precisam estar sempre atualizados quanto à principal missão da instituição, que é contribuir para o projeto de vida do aluno, para que ele saia da instituição melhor do que entrou e que consiga realizar seus sonhos!


Sob esta perspectiva, podemos dizer que nem todas as instituições de ensino podem ser consideradas organizações que aprendem. Para entender melhor este ponto, vamos ver quais são as premissas do Learning Organizations:

  • A empresa, no caso, a escola, é um lugar onde se ensina e se aprende continuamente;

  • Esse processo deve sempre envolver todos os membros da organização, sem distinção de cargo e função;

  • As organizações podem e devem trocar entre si o que aprendem, ou seja, realizar o benchmarking. Uma prática que empresas que não são da área da educação fazem com muita frequência, mas que na academia enfrenta alguma resistência.

E como podemos então, tornar uma instituição de ensino realmente em uma organização que aprende? Vamos ver alguns passos:

  1. Começar no topo! Os gestores, coordenadores, diretores, devem entender a visão de aprendizado, qual o seu real significado.

  2. É importante que a liderança seja transformada em treinadores. Se o líder não possuir esta habilidade, é preciso investir em desenvolvê-la.

  3. Barreiras precisam ser quebradas. Isto pode ser feito com a melhoria da comunicação e aumento da colaboração.

  4. Faça uso dos dados. Este passo é de extrema importância para entender o que precisa ser aprendido. Evita perda de tempo, de dinheiro e aquela sensação do colaborador de fazer mais um treinamento sem finalidade.

E qual o ganho das escolas em se tornar learning organizations? A lista é grande, mas irei destacar os pontos principais:

  • Maior entendimento sobre o trabalho realizado e como realizá-lo melhor;

  • Entender o alinhamento organizacional;

  • Aumento da satisfação e consequente engajamento do colaborador;

  • Surgimento de novas ideias para solução dos problemas cotidianos;

  • Colaboradores melhor preparados, gerando maior satisfação nos alunos e maior retenção deles;

  • Inovação.

E aí, após esta leitura, você pode estar pensando: a instituição que trabalho com certeza é uma organização que aprende, sempre nos oferecem treinamentos. Mas, não podemos, para finalizar, esquecer que:


aprendizagem não se resume apenas a treinamento,

aprendizagem não é uma atividade paralela;

aprendizagem não é algo feita apenas por você;

aprendizagem necessita de um porquê e um para que.



Engenheira de Controle e Automação, Mestre em Engenharia Elétrica. Profissional com sólida experiência na Gestão Educacional. Certificada em Inovação e Transformação Digital. Consultora Educacional e Idealizadora da Consultoria Educação Inovadora. Docente do MBA em Gestão Universitária da PUC – MG. Docente da Especialização em Transformação Digital na Educação – UCS.


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