A tecnologia trouxe mudanças inovadoras, com novas tendências sobre a metodologia e abordagens pedagógicas e formação escolar diversificada. É possível adaptar o ensino às necessidades particulares de cada aluno, respeitar o outro e além disso tudo, ter aulas mais atraentes despertando o interesse dos alunos para garantir o seu envolvimento no processo de aprendizagem.
Hoje em dia, os professores podem variar suas aulas de diferentes maneiras: com a gamificação, que são os jogos interativos que estimulam e propiciam a participação do grupo e com a mobile learning, que são os ambientes digitais a distância. A robótica é outra novidade que induz ao protagonismo do aluno e melhora a assimilação de teorias matemáticas e físicas. O ensino híbrido é uma alternativa utilizada que está sendo sempre citada entre os profissionais da área da educação, onde o ambiente online e offline se misturam. Em todos eles, vemos o professor interagindo com o aluno e a tecnologia se alia a sala de aula.
Há muitas ferramentas que possibilitam um aprendizado expositivo e interativo. Os alunos podem aprender em tempo e local diferente. Enfim, a tecnologia tem proporcionado mais eficiência na educação e vem substituindo o trabalho humano em diversas situações.
Mas será que os professores estão conseguindo aliar a tecnologia ao processo educativo? Conseguem promover as interações sociais ao agregar outras ferramentas para ensinar? O maior desafio está no professor e na maneira como ele conduzirá sua aula. Ele precisa replanejar sua didática e aplicar novas práticas sem perder de vista o viés emocional. É necessário que se qualifiquem para prover mais oportunidades onde seus alunos possam adquirir habilidades do mundo real. A escola do futuro exige que o profissional consiga conciliar o ensino da grade curricular associada ao ensino das competências que serão cobradas futuramente no mercado de trabalho.
Conforme Jacques Delors, preparar os alunos para o futuro consiste no desenvolvimento simultâneo das quatro competências: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver.
É preciso se atentar. Não podemos deixar tudo por conta da tecnologia. Ela não garante tudo o tempo todo. E as relações?
Os jovens ainda precisam de ajuda no desenvolvimento de habilidades no âmbito relacional já que a tecnologia tende ao individualismo, pois nos leva a interagir com o outro através de aplicativos, redes sociais, etc.
As aptidões como: capacidade de trabalhar em grupo, resiliência, tato social e emocional e comunicação são de grande importância e fundamentais para um bom convívio social. Ultimamente, a preocupação dos profissionais é constante em preparar essa nova juventude com as aptidões intrapessoal e interpessoal. É necessário se transformar num educador inovador que conduza o aprendizado, oriente, indique boas fontes, estimule o pensamento crítico, tendo a tecnologia aliada ao seu planejamento sem perder de vista o quociente emocional do aluno potencializando as capacidades humanas.
Desde a virada do século fala-se do ensino inovador junto a formação humanista do aluno, por isso, a partir de 2020 essas habilidades se tornaram obrigatórias na BNCC.
Que a nova geração venha mais preparada para enfrentar os desafios da fase adulta e consequentemente saiba fazer boas escolhas na vida.
Anelize Albuquerque
Pedagoga, pós graduada em Psicopedagogia.
Especialização em Educação Infantil e Alfabetização.
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